Euljiro

Euljiro – Imagem: https://seoulsuburban.com/

A atmosfera industrial que Euljiro carrega tem sido resignificada por um novo público.

Euljiro é uma antiga avenida localizada no centro de Seul, datada da Dinastia Chosun. Seu nome homenageia o General Eulji Mundeok, importante figura no período de libertação da Coreia na dominação japonesa.

Com uma extensão de 3,5Km e seis pistas, que incluem o acesso a avenida Changgyeongung e o bairro de Namdaemun. Suas ruas são características pelas estruturas industriais. Ali gráficas, oficinas e pequenas lojas de antiguidade operam há algumas décadas. E até recentemente, era marginalizada pelo público jovem.

Entretanto, um boom inesperado tem influenciado uma nova atmosfera em Euljiro. Em parte, uma tentativa do Governo Metropolitano de Seul de incentivar por meio de soluções inovadoras, a ocupação de espaços abandonados e impulsionar o fluxo social e comercial da avenida.

Assim, cafés, restaurantes, lojas e bares pequenos, porém modernos, tem atraído a atenção de um novo público. Público que outrora não circulava pela região e que agora se apropria dos espaços em busca de cenários únicos e experiências diferenciadas. São jovens influencers, empreendedores e também turistas. Fotógrafos, modelos e artistas também tem sido atraídos pelo visual de Euljiro.

REFLEXOS

Mas a iniciativa que por um lado incentiva e oportuniza opções de negócio a preços mais acessíveis, também escancara a realidade da gentrificação. Fenômeno que altera as dinâmicas de determinado lugar, impulsionando novos pontos comerciais, aumentando o custo de vida, e por consequência, afetando a população local, especialmente de baixa renda.

Essa é a principal preocupação dos residentes e antigos comerciantes de Euljiro. Que estão assombrados pelas realidades já enfrentadas em Hongdae, Daehangno, Insadong e Bukchon. E hoje já discutem sobre o futuro, as consequências e alternativas das mudanças enfrentadas. Em colaboração, o governo tem trabalhado com um conjunto de medidas para evitar a gentrificação. Além de preservar as culturas locais e assegurar a permanência dos resistentes e proprietários de pequenos negócios.

Fonte: Korea Herald, Korea JoongAng Daily e Seoul Suburban

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About Barbara Brisa

Editora de conteúdo (Brasília) - Cientista Social pela Universidade de Brasília, Repórter Honorária pelo Centro Cultural Coreano do Brasil e Co-Fundadora do Maūm Ūmsik. Em constante estudo pela compreensão das coreanidades.

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