BTS 112

BTS 112 | Acervo Rebeca Honney

Do desejo de homenagear seus artistas de Kpop prediletos e otimizar suas técnicas enquanto quadrinista, surgiu BTS 112. Um gibi ilustrado por Rebeca Honney, lançado em dezembro de 2018 e que tem o boygroup BTS como protagonista.

Nascida em São Paulo, Rebeca Honney sempre teve gosto pelo mundo do desenho e das animações. Durante a adolescência foi apresentada aos mangás através de uma amiga e passou a se aprofundar cada vez mais nesse universo. Dos exercícios de reprodução e tutoriais, foi desenvolvendo e aprimorando técnicas até que passasse a criar suas próprias histórias. Seus gibis inspirados no boygroup sul coreano BTS são um exemplo disso. Percorra conosco essa trajetória!

Rebeca nos conta que nunca foi boa escrevendo roteiros. Entretanto, ao conhecer o Kpop, através do BTS, se sentiu naturalmente inspirada. Isso porque a energia, a personalidade e a interação que os integrantes possuíam era contagiante:

Em 2014, quando eu conheci o BTS, eu estava treinando desenho realista e não conseguia diferenciar os membros. Então comecei a desenhá-los como um exercício artístico, bem como para me sentir mais próxima deles. Em pouco tempo eu já sabia distinguir os meninos. Mas depois o BTS virou tema de todas as minhas produções. Se eu precisava treinar composição de cor, figuras masculinas, desenho digital e etc, eles eram minha referência. Passar de “objeto” de estudo para centro da produção, foi um caminho natural e sem muito planejamento.

OS PRIMEIROS GIBIS

E foi assim, que após um período em hiato, seu primeiro gibi foi escrito, o “BTS to Breathe”. Três anos depois, seu segundo gibi, “BTS 112” tomou forma. E apesar das duas criações terem o grupo como tema central, cada uma possui características diferentes. “O roteiro do BTS to Breathe é como um filme de 40 minutos. Enquanto o de BTS 112, é uma série de algumas temporadas em que cada episódio tem 6 minutos”, destaca. Em relação as ilustrações e referências menciona:

A aparência dos meninos foi definida pela minha foto favorita de cada um na época […] O BTS to Breathe era uma história para eu dar aos meninos, as ARMYS e a mim mesma. Então eu me diverti demais fazendo todas as etapas e fantasiando o roteiro. Já em BTS 112, minha base para cada visual foi definida por MV. Eu tinha um objetivo mais claro de fazer uma obra que chamasse a atenção nas redes sociais. Que ficasse ótima quando impressa e tivesse piadas populares entre o fandom.

No processo de desenvolvimento de BTS 112, seu plano inicial era desenvolver e compartilhar a história com agilidade nas redes sociais. Porém, no caminho, foi experimentando técnicas novas, cenários e padrões diferentes. E isso refletiu diretamente na sua produção.

BTS 112

BTS 112 é dividido em 7 capítulos, onde cada um tem como foco, um membro do grupo. Perguntamos então, se havia uma razão específica para alguns conceitos estarem ligados as músicas solos dos membros, e outros não. Rebeca revela que não há um motivo específico.  Como ela precisava se expressar através de cada história e mostrar como entendia a personalidade e o comportamento de cada membro, trabalhava com essas referências a fim de desenvolver melhor a história.

Questionamos ainda como foi o exercício de se colocar no lugar de um idol, sendo ela uma fã. Já que vez ou outra, sutilmente levantou questões e desabafos dos membros. Respondeu então:

Quando eu conheci o BTS, minha empatia era muito intensa. Se eu visse uma pessoa feliz, eu ficava genuinamente feliz. Se eu visse alguém chorando eu começava a chorar também. Me apaixonei pelo Kpop muito rápido e foi doloroso descobrir todas as coisas ruins por trás dos grupos que eu tanto amava. Acho que os fãs estão sempre em uma corda bamba sobre como apoiar quem gostam. Por um lado temos que apoiar as escolhas do ídolo e por outro não podemos incentivar o comportamento abusivo das empresas.

Eu sempre me coloquei no lugar dos outros, e com o BTS não foi diferente. Sei que nos esforçamos muito para viver um sonho e mostrar o melhor resultado para quem nos apoia. Eles pela música, eu pelos meus desenhos. E, por isso, gosto muito de comparar a produção dos quadrinhos ao de outras artes. Onde o BTS to Breathe seria um mini-album e o BTS 112 seria um álbum de debut, por exemplo.

RESPOSTA DO PÚBLICO

Por fim, quando perguntada sobre a resposta do público frente o gibi, Rebeca conta que apesar de haver tantas ARMYS no Brasil, não esperava que a resposta à BTS 112 fosse tão positiva. Por isso está grata pelo carinho, incentivo e empolgação transmitida pelas pessoas. Desde o lançamento, na CCXP, obteve um feedback além do esperado:

As vendas online foram além do que eu esperava e dar essa entrevista ao BrazilKorea é um marco muito grande pra mim também. Se não bastasse o gibi ser muito bem feito e bonito, os leitores disseram que os membros e seus bias estão iguaizinhos. Que a história é engraçada e que os momentos sérios são muito realistas. Além disso, acabei virando uma fonte de inspiração para jovens artistas e para ARMYS que começaram a ler mangás.  Ter contato com essa cultura me fez aprender outro idioma; conseguir meu primeiro estágio; escolher um caminho e até mesmo conhecer outras pessoas.

Ficou curiose e quer ler BTS 112? Então aproveite que as vendas online estão abertas e faça seu pedido AQUI! Acompanhe também a Rebeca e seu trabalho nos eventos presenciais e através das redes sociais pelo Facebook e Instagram.

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About Barbara Brisa

Editora de conteúdo (Brasília) - Cientista Social pela Universidade de Brasília, Repórter Honorária pelo Centro Cultural Coreano do Brasil e Co-Fundadora do Maūm Ūmsik. Em constante estudo pela compreensão das coreanidades.

2 Responses to BTS 112 – O gibi feito pela artista brasileira e fã de Kpop, Rebeca Honney
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    eu comprei o livro dela em Osasco eu ameii super recomendo

  2. avatar

    Mano eu acho isso muito fofo sabe ❤️


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