hanbok

Débora Ferreira – Acervo Pessoal

Presente há mais de 1.600 anos entre o povo coreano, o Hanbok, traje tradicional, é cercado de simbolismos e histórias que marcam desde a celebração dos 100 dias do nascimento de uma criança até o matrimônio.

Os primeiros trajes coreanos na antiguidade eram tecidos a partir de fibras da araruta (planta que possui uma raiz que dá origem a farinha, goma, polvilho e fécula e é muito presente na culinária brasileira), do cânhamo, do algodão, sendo ainda outros criados a partir da seda extraída do bicho de seda. As vívidas cores que compunham os trajes eram extraídas de corantes e essências naturais, como plantas e pétalas de flores, que passavam pelo processo de moagem e enxágue com soda caustica quente, e que mais a frente davam pigmentação aos tecidos, originando o Hanbok.

Desde o processo de composição ao uso, o Hanbok é composto de ricos simbolismos que atravessam gerações. Na era dinástica, os trajes dividiam-se para os homens em alguns elementos principais como: jeogori (jaqueta), baji (calça), durumagi (casaco maior), gat (chapéu).  Para mulheres: jeogori (jaqueta) com duas fitas que formam o otgoreum (laço), a chima (saia). Ainda naquele tempo, era comum que plebeus usassem roupas brancas, sendo o uso do hanbok reservado aos nobres e membros da família real. Já no período marcado pela Guerra da Coreia, com a forte comercialização de produtos do ocidente, o uso do hanbok registrou declínio, passando a ser considerado um traje pouco usual para o cotidiano industrial, passando a ser utilizado apenas em datas especiais, como a celebração dos 100 dias do nascimento de uma criança, em casamentos e principais feriados como o Seollal.

MODERNIZANDO O HANBOK

De lá pra cá, designers de moda como Hwang Yi Seul tem se articulado e desenvolvido linhas de hanbok que aliam os elementos mais tradicionais a praticidade da modernidade (confira aqui mais sobre seu trabalho). Na Coreia, vários centros culturais permitem que seus visitantes possam experimentar trajes tradicionais, tirar fotos, além de desfrutar de um belo passeio (confira a lista completa dos locais aqui).

Outra sugestão é visitar o Hanbok Museum. Todos os hanbok expostos no museu foram criados pela designer Lee Ri Ja, há também uma série de acessórios interessantes. A localização é bem simples, do outro lado da rua da entrada principal do palácio Gyeongbokgung. O ingresso custa 1.000 wons, porém fique atento, porque o museu só abre no primeiro e terceiro sábado do mês.

Fontes: Visit Korea | Passport to Korean Culture | Fatos Sobre a Coreia

avatar
About Barbara Brisa

Editora de conteúdo (Brasília) - Cientista Social pela Universidade de Brasília, Repórter Honorária pelo Centro Cultural Coreano do Brasil e Co-Fundadora do Maūm Ūmsik. Em constante estudo pela compreensão das coreanidades.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.